.. by Luluca [ aquela irmã gêmea da Fabi D. ]

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sem pé nem cabeça

      Queria entender porque as coisas vem a minha mente tão rapidamente, e enlouquecidamente elas se vão...
    Desde criança faço perguntas [fase do porquê, explica Piaget] e pensei que isso passasse, mas não, ao contrário do que eu imaginava isso só aumenta! Por que às vezes sinto meu peito arfando de tanta felicidade e em outras tenho a impressão que estou sendo sufocada por tamanho medo? Por que muitas vezes acredito e em outras nem cogito? Por que eu quero e depois desconsidero? 
     Ah como eu queria respostas... mas se as tiver perderão a graça... [tenho certeza!] 
     Um turbilhão de coisas me passam pela mente e tão rapidamente e enlouquecidamente elas se vão...



[Fê P.]
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